ladob.bento@gmail.com

03 julho 2010

Do Lume

Venha, faísca
Permito que faça cor neste céu escuro
Pode me besuntar
com estrelas alvas - de ouro até.

Rutile e espouque
Faça vendaval na calma cansada
Na morna temperança
de braços recolhidos.

Acorde meu jardim inteiro,
Faça os vagalumes trinarem -
E que as cigarras se levantem
debaixo das folhas molhadas.

Com o lampejo da vida que não deseja partir;
E se mostra, diminuta, cordata
Mas tão grande como este lume
Espalhando no breu a luz inédita.

Venha luz de fogo. E derreta da janela
a borrasca gelada:
Já retirei as nuvens escuras,
Portanto, venha e incedeie este céu

- Onde teu brilho, com louvor, em mim irá clarear.

Nenhum comentário:

Postar um comentário