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28 junho 2010

Chegar, Partir - Estar

Desvencilhar-se dos laços
Sobrepor-se as amarras,libertar-se
dos afetos e dos amores. Arrancar
a lembrança da memória.

Dar um grito. E gemer o adeus
É a mais dolorosa
das partidas. Como riscar na face com lâmina ardente
o nome de quem fica.

Gravar na carne a face não daquele que parte
Mas o ente que separado, exilado vive.
nos mundos apartados e nas existências
Nômades.

Que faremos de nossas instâncias repletas de caminhos
Eram verdes, eram de alfazemas e alfazemas lilases
Continhas risos.
Agora ecos.

Partir nada me interessa. Porque chegar, sem ti nada vale
Dobrem-se véus escuros. Recaiam grutas escuras em grinaldas
Cubram este rosto
Afaguem estes olhos

Chegar? Sozinho nada pode interessar
Se lá distante ficaram
Aqueles por quem
Até aqui caminhei.

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