que nem ponte. que nem duas margem. êta ofício danado esse sem domingo nem feriado nem hora de almoço. todo dia é dia ingual sem divisa. num tem calendário nem dia santo. sinhô, é só um desassossego, uma vontade de tá agora cus amigo, vontade que dão na gente...
dessas assim de gaiola triste, dessa jaula de arame que acorrenta bem-te-vi e que sonha ser uma vesguinha de céu. dessas de pranta que aparece na calçada e suspira cum pedaço de chão
um arado de mariasemvergonha
um riacho no grotão
pois é, né tristeza não, seu moço. é coisa quieta mesmo. dessas quietude como nois fica quieto depois que come doce de leite e fica parado na janela só zoiando o céu e os povo que passa. sem pressa e suviano uas cantiga de trovão. êta ofício danado de bom esse, 'ofício de existir'.
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