Junto a estas folhas novas
cobertas de nervuras brilhantes:
tresloucadas e partidas,
Desgrenhados cabelos
Em mãos atônitas
Em cujas bocas anunciam vendavais
De dizeres de partidas
De acenos calados
que sequer se despedem -
Interrompido adeus
No rosto raptado.
Onde os olhos foram parar?
E por não saber, esta é minha cama
no frio da mata
na solidão gélida de ossos nus - sem braços.
Onde encontro tua própria roupa?
Manchada de sangue - Teu vestido de florzinha
duma primavera nunca mais vista.
Esta é minha quietude então
que balança, que balança no precipício azulado
Navego sem medo, vendo os olhos
Tenho guizos esquecidos pendurados nos cabelos
E ardem fios ligados na cabeça
Na cabeça pendem gritos gemendo um assombro.
Madrugada. Madrugada tardia
Na ponte de aço
Na escuma de alta voltagem. Este é o encontro
Onde suspiro noite adentro
E donde acordo, exaurido: sem teus braços.
Ao sereno da manhãzinha.
Bento, duma terna e violenta beleza.
ResponderExcluirBravo!
Venho sempre ver seus escritos... Não fique tanto tempo tão longe!
ResponderExcluirBacana cara. Achei triste seu poema. Aliás, triste não é a palavra certa... Não sei dizer exatamente, mas é alguma coisa por aí.
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