não coleciona ossos
nem dedos nem falanges
nem mesmo
abraços
não atravessa o quintal
mas se perde neste beiral de
passos molhados
abraçado
na cripta do rosto duro
gelado país bebido
na bondade
escura mão distante
escura mão sombria
que
quando afaga afaga e
arranca da carícia gemido
escuro do sangue
que beija um estalo
acre
como janela recebendo no vidro uma pedrada
e manchando a cortina
derrubando almofadas
no chão brilhante do assoalho. do assoalho vermelho
vermelho acre gelado
Pega o inventário dos cílios longos
purgados no vermelho do chão
do chão
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