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14 outubro 2009

A Festa da Saudade - Da Falta

Foi num tempo interminável,
Num dos espaços que não se ousa contar -
E que só se apercebe depois de desfibrilados dias.

Já que as janelas não são abertas,
Quando as plantas vão murchando
em quase gritos súplices

E o lixo vai se acumulando em sacos negros,
a louça na cozinha, os copos rotos.
E dedos trôpogos ao cair da tarde. Lacrimantes

Então assim se desenha o retrato do que falta.
Não é um ente, nem um estado
É algo inominável

Que geme
Feito urro, feito forca
No silêncio da tarde beirando o crepúsculo - Que vira madrugada.

Um comentário:

  1. Muito bom seu poema! Gostei.

    Publiquei em meu blog. Espero que não se importe!

    http://flavithapoli.spaces.live.com/

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